ALEMANHA INAUGURA UM SEGUNDO HUB DE GÁS PARA ENFRENTAR A CRISE CAUSADA PELO CORTE DE FORNECIMENTO DA RÚSSIA
A Alemanha está se virando para conseguir superar a crise de fornecimento do gás da Rússia, como consequência da guerra da Ucrânia e da pressão norte-americana. Um segundo empreendimento privado começou a operar seu terminal flutuante para importar gás natural liquefeito (GNL) para ajudar a substituir o gás russo. A pequena cidade costeira de Lubmin, na antiga Alemanha Oriental, é bem conhecida por ser o local onde o gás russo fluía por terra dos campos de gás da Sibéria através do Nord Stream para a rede alemã. Agora, passou a abrigar um terminal de GNL para ajudar a substituir os fluxos de gás russos. “Vamos passar por este inverno”, explicou o chanceler Olaf Scholz, ao lado de Manuela Schwesig, sua colega de partido.
Schwesig, que já ajudou a criar uma fundação de “clima”, para ajudar a Gazprom a evitar as sanções dos EUA na construção do Nord Stream 2, enfatizou o papel de Lubmin como um “hub” de energia. Estima-se que o novo terminal de GNL, um navio-tanque chamado “Neptune”, tenha uma capacidade anual de importação de cerca de 5 bilhões de metros cúbicos (bcm), menos de um décimo do gás que já fluiu pelo agora destruído gasoduto Nord Stream. Para lembrar, em setembro, as tubulações do Nord Stream 1 e 2 foram severamente danificadas por uma misteriosa explosão subaquática. Antes da explosão, a Rússia reduziu os fluxos de gás a quase zero.
Devido à economia de gás de mais de 20% do ano passado até o momento, em parte devido ao clima extremamente ameno, bem como ao aumento dos fluxos de gás de seus vizinhos, a Alemanha está mais confortável do que o esperado, com lojas com pouco menos de 90% de capacidade. “O fornecimento de gás não está comprometido. Podemos garantir isso em toda a Alemanha, ao contrário do que muitos temiam há muito tempo”, disse Scholz. O novo terminal será administrado por uma empresa privada, “Deutsche ReGas”, que foi fundada em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia e uma subsequente corrida ao fornecimento alternativo de gás dos mercados globais de gás.
Como o porto de Lubmin é incapaz de receber os grandes navios-tanque de GNL por ser muito raso, seu gás será transferido para navios menores antes de ser alimentado no terminal, regaseificado e depois alimentado na rede alemã. Os proprietários dizem que querem principalmente abastecer o mercado da Alemanha Oriental. “Agora também podemos finalmente dar nossa importante contribuição para o fornecimento de gás natural à Alemanha” explicou Ingo Wagner, CEO da ReGas.
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